sábado, 3 de dezembro de 2011

Odinismo

O odinismo é uma espiritualidade libertária, que busca instigar a libertação espiritual do ser em sua jornada pelo reencontro com seu eu.
Odinismo é a continuação da religião, opinião espiritual e filosófica dos povos ancestrais da Europa do norte e de seus descendentes na Europa e nos outros continentes. Nossos antepassados tiveram uma compreensão muito refinada do relacionamento entre os seres humanos, natureza, e sobre os deuses. A religião destes povos foi suprimida quando o Cristianismo foi imposto no norte da Europa, mas nunca acabou realmente.
Hoje está florescendo novamente, e é reconhecido como uma religião legalizada pelos governos de Austrália, o Reino Unido, os Estados Unidos e a Islândia.
Odinismo é a chave ao passado e ao futuro, fornecendo uma compreensão do estágio seguinte de nossa história, durante a qual existe uma transição da humanidade, e nos ajuda a lidar com este período difícil da transição.
O mundo está se submetendo atualmente a um período de deslocação e depravação, conhecido em nossos textos sagrados como a “idade do lobo”. Se nós e os deuses trabalharmos junto, as forças do caos podem ser derrotadas, e a humanidade poderá passar por um período evolucionário mais elevado.
História
Por volta dos anos 8000 a.C. e 5000 a.C. um povo de língua indo-européia originário de uma zona localizada entre o Mar Negro e Mar Cáspio, nas montanhas do Cáucaso, migrou por toda a Euro-Ásia. Alguns indivíduos estabeleceram-se na Europa, dando origem aos povos: grego, latino, celta, germânico, báltico, eslavo e albanês.
Os germanos formados pelos Saxões, Anglos, Lombardos, Godos, Visigodos, Ostrogodos, Suevos, Alanos, Vândalos, Asdingos, Silingos, Burgúndios,  Francos,  Sálios,  Ripuários, Hérulos, Jutos,  Frisões,   habitavam a região da Europa situada entre os rios Reno, Danúbio e Vístula e os mares do Norte e Báltico, denominada Germânia. Eram considerados “bárbaros” pelos romanos (do grego bárbaroi, traduzido como “estrangeiros”) e dividiam-se em numerosas tribos.
Os povos germânicos não estavam organizados socialmente em Estados, mas em comunidades tribais. A estrutura social básica era a família monogâmica. Depois, vinham os clãs, compostos pela reunião de famílias aparentadas, com ascendentes comuns. Finalmente, vinham as tribos, formadas pelo agrupamento de vários clãs. O órgão público mais importante de cada tribo era o conselho tribal, que deliberava sobre os assuntos de importância.
Eles tinham coragem, vigor e entusiasmo, uma intensa lealdade à família e aos seus líderes, e um profundo apreço da honestidade no trato entre os homens. Tinham também um respeito incomum pelas mulheres, e, no melhor dos casos, seu conceito de casamento permitia a real cooperação e o companheirismo entre marido e mulher.
Estes homens, nossos ancestrais tinham uma fé em comum, uma fé muito antiga fundamentada na honra, nos valores, baseada na natureza, que estabelecia com os Deuses e Deusas uma relação de irmandade, e o universo era um lugar complexo, mostrando claramente a presença de muitas forças diferentes.
O processo de cristianização da Europa foi longo e impetuoso, neste processo incontáveis centenas de pessoas foram assassinadas, aleijadas ou exiladas, o cristianismo não distinguia as características próprias de cada povo, por isso assassinaram a aqueles que permaneciam fiéis as suas tradições e cultos, nossos ancestrais foram chamados de Satanistas, Diabólicos, Pagãos e etc…
Como pode alguém ser satanista se não crê na existência de satã?
Mas isso não importava aos olhos do cristianismo, senão converter a maior quantidade de gente possível, e eliminar o resto.
O imperador cristão Carlos Magno (séc. VIII) procedeu à conversão forçada ao catolicismo, massacrando os que se recusavam a converter-se. E não cessou até que os templos dos deuses pagãos fossem substituídos por pequenas igrejas, e até que as cruzes fossem esculpidas em toda parte, em honra ao deus cristão.
Não podemos esquecer que eles eram nossos ancestrais, que somos parte deles, que damos continuidade ao ciclo da vida, assim como serão nossos descendentes.
Os Odinistas possuem um forte laço com a natureza, sendo ela sagrada para nós, porém o que vem acontecendo a nossa volta é inconcebível.
Nas últimas cinco décadas a humanidade se transformou. O capitalismo tomou conta do mundo e transformou tudo em fonte de capital, de lucro, de consumo. O mundo consome produtos e serviços num ritmo insustentável com resultados graves para o bem estar dos seres vivos e do planeta.
Nós temos a necessidade de sentir a continuação da vida, provando o doce aroma da primavera, de experimentar a permanência em um bosque, de sentir o selvagem e gentil da natureza.. Estas condições são estabelecidas para que o homem possa cumprir seu papel no ciclo da vida, da qual o homem e os demais seres vivos são partes integrais.
A apreciação da natureza, a sensação de fazer parte dela, é um complemento vital de nossa existência, uma experiência religiosa no mais fundamental sentido do termo. Uma existência harmônica com a natureza e com nossa estirpe nos trás felicidade e satisfação.
Quando aprendemos sobre a natureza, aprendemos sobre nós mesmos, e é mediante este autoconhecimento que a grandeza pode nascer.
Odin é a porta de regresso do nosso consciente transfigurado, depois de termos nos recuperado de um intenso mergulho no inconsciente primordial, em um processo de aniquilamento da falsa persona, disfarce criado e adaptado à sociedade-padrão em que vivemos e perante a qual abdicamos da nossa verdadeira identidade. Ele é o veículo que nos ajuda a verbalizar a força da consciência não-humana, o libertador do material que nos atormenta a inconsciência, despertando-nos para uma nova realidade que nos eleva ao mundo dos deuses. Como ser consciente, o homem tem a profunda necessidade de comunicação e iluminação das partes mais ocultas de si mesmo. Por isso, a aproximação a Odin ajuda-o a descobrir a si mesmo. Odin é o xamã que faz a viagem em transe pelos mundos internos do nosso ser profundo, comunicando com o espírito que contém a nossa longa história não-humana e a fonte primaI da nossa origem espiritual. Ele destrói a carapaça do ego humano, na forma ígnea de Loki, abrindo caminho em direção à transformação e ao renascimento.
Na Mitologia Nórdica, Heindall ou Heimdallr era o vigia e guardião da “Bifrost”, ponte do arco-íris (a ponte que conduzia a Asgard) e dos deuses. Não se sabe ao certo de quem ele é filho, alguns acreditam que seja filho de Gigantes, e outros, que seja filho das nove filhas de Aegir com Ran. Tinha a visão e a audição extremamente apuradas, sendo até capaz de escutar o crescer da lã da ovelha e o das ervas. Nunca dormia. Era seu dever avisar quando os inimigos dos deuses atacassem soprando a corneta Giallarhorn, que podia ser ouvida em todo o mundo. De acordo com o Canto de Rig, ele se tornou o pai da humanidade ao criar as três classes sociais: Karl, Jarl e Thrall. É o deus das estratégias, possuía um olhar mais aguçado do que o de um falcão e uma visão noturna melhor do que a da coruja. Estava destinado a defrontar e matar Loki na batalha de Ragnarok, morrendo depois por causa dos seus graves ferimentos.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Quem Eram os Godos

Godos


Godos.
Os godos eram um povo germânico originário, segundo Jordanes, das regiões meridionais da Escandinávia. Nenhuma outra fonte primária menciona esta longa migração, que poderia ter-se iniciado no Báltico ou no Mar Negro e é possível que os godos tenham se desenvolvido como um povo distinto dos demais bárbaros nas fronteiras do Império Romano [1]. Os godos, segundo Jordanes, se distinguiam por usarem escudos redondos e espadas curtas e obedecerem fielmente a seus reis.
A única fonte da história inicial dos godos é a Getica de Jordanes (publicada em 551), um resumo de Libri XII De Rebus Gestis Gothorum,[2] história escrita por Cassiodoro, em doze volumes, por volta de 530. A obra de Cassiodoro perdeu-se e Jordanes nem mesmo deve tê-la em mãos para consulta, portanto esta fonte primária deveria ser considerada com cuidado. Cassiodoro estava no lugar certo para escrever sobre os godos, por ser ele um dos principais ministros de Teodorico o Grande, que certamente havia ouvido algumas das canções góticas que falavam de suas origens tradicionais.


Outras fontes principais para a sequência da história gótica incluem a "Historiae" deAmiano Marcelino, que menciona o envolvimento gótico na guerra civil entre os imperadores Procópio e Valente em 365 e relata a crise dos refugiados e a guerra gótica de 377-382 e o "de Bello Gothico" de Procópio de Cesareia, que descreve as Guerras Góticas de 535-553.


Beowulf, o herói do poema épico homônimo, era um godo.

História


Origens

Possíveis locais de origem dos godos, 200 d.C.
Os godos originalmente eram formados por dois povos: os tervingos (povo gótico do qual possivelmente se originou os visigodos) e os grutungos (povo gótico do qual possivelmente se originou os ostrogodos). Alguns povos como os vândalos e osgépidas tinham parentesco com os godos.
A região de origem dos godos era chamada de Götaland (atual Suécia). A partir doséculo I os godos se instalaram na região do Vístula (atual Polônia) em torno da cultura Wielbark, substituindo a cultura Oksywie que se encontrava na região.
A substituição aconteceu quando um assentamento escandinavo foi estabelecido na zona de separação entre a cultura Oksywie e a provavelmente cultura Przeworskvândala.[3]
Todavia, durante o final da Idade do Bronze Nórdica e o começo da Idade do FerroPré-romana (1300 a.C. - 300 a.C.), esta região sofreu influências do sul da Escandinávia.[4] De fato, a influência escandinava na Pomerânia e no atual norte daPolônia a partir de 1300 a.C. foi a partir daí tão considerável que esta região é às vezes incluída na cultura da Idade do Bronze Nórdica.[5]
Acredita-se que os godos tenham cruzado o mar Báltico em algum momento entre o fim da Idade do Bronze Nórdica (300 a.C.) e o ano 100 de nossa era. De acordo com pesquisas antigas, na tradicional província sueca de Östergötland, evidências arqueológicas mostram que houve uma despovoação geral durante este período.[6] No entanto, isto não é confirmado nas publicações recentes.[7]
██ ilha de Gotland
██ extensão tradicional de Götaland
██ cultura Wielbark no começo do século III
██ cultura Chernyakhov, no começo do século IV
Os assentamentos na atual Polônia provavelmente correspondem à introdução de tradições funerárias escandinavas, tais como círculos de pedra e menires, que indicam que os primeiros godos preferiam sepultar seus mortos de acordo com as tradições escandinavas. O arqueólogo polonês Tomasz Skorupka afirma que a migração a partir da Escandinávia é uma questão confirmada:
Apesar das muitas hipóteses controversas quanto à localização da Scandia (por exemplo, na ilha de Gotland e nas províncias de Västergötland e Östergötland), o fato é que os godos chegaram ao que hoje é a Polônia vindos do norte cruzando o mar Báltico em barcos.[8]
No entanto, a cultura gótica também parece ter tido continuidade a partir das antigas culturas da região,[9] o que sugere que os imigrantes se mesclaram com as populações nativas, talvez fornecendo sua aristocracia em separado. O acadêmico deOxford, Heather, sugere que foi uma migração relativamente pequena a partir da Escandinávia.[10] Este cenário tornaria a migração através do Báltico similar a muitos outros movimentos populacionais na história, tal como a invasão anglo-saxã, onde os imigrantes impuseram suas próprias cultura e língua sobre as locais. A cultura Willenberg/Wielbark se deslocou para sudeste em direção à região do mar Negro a partir da metade do século II. Foi a parte mais antiga da cultura Wielbark, localizada a oeste do Vístula e que possuía tradições funerárias escandinavas, que iniciou o deslocamento.[8] Na Ucrânia, eles se impuseram como governantes da cultura Zarubintsy local, provavelmente eslava, formando a cultura Chernyakhov.
Invasões góticas (267-269d.C.).
Os assentamentos Chernyakhov ficavam nos campos abertos nos vales dos rios. As casas incluem residências subterrâneas, residências de superfície e barracas. O maior assentamento conhecido (Budesty) possuía 35 hectares.[11] A maioria dos assentamentos era aberto e não fortificado. Algumas fortalezas são também conhecidas.
Os cemitérios Chernyakhov incluem funerais de cremação e de inumação; entre os últimos, a cabeça está para o norte. Alguns túmulos foram deixados vazios. Objetos encontrados nas tumbas incluem cerâmica, pentes de osso e ferramentas de ferro, mas quase nunca qualquer arma.[12]
A partir do século III os godos já estavam bem assentados e a partir dai começaram a fazer incursões para o sul em direção aos Bálcãs. A partir de 263 os godos começaram a penetrar nos Bálcãs e a atacar diversas regiões romanas, saqueando Bizâncio em 267. Dois anos depois, os godos sofreram uma esmagadora derrota na Batalha de Naissus (269) onde acabaram por serem repelidos de volta para o mar Negro.
Apesar da maioria dos guerreiros nômades demonstrassem serem sanguinários, os godos eram temerosos porque os cativos capturados nas batalhas eram sacrificados ao seu deus da guerra, Tyr,[13] e as armas tomadas eram penduradas em árvores como oferendas. Seus reis e sacerdotes eram procedentes de uma aristocracia separada[14] e seus reis míticos do passado eram honrados como deuses.


Reino godo no mar Negro

O godo Athanerik é considerado o primeiro rei godo. Em torno do ano 300 unificou todas as tribos godas sob sua soberania e formou o primeiro reino godo em terras da atual Ucrânia e Rússia, terras até então pertencentes à cultura Chernyakhov. Não se sabe em que data seu sucessor assumiu, porém sabe-se que seu sucessor foi Achiulfo.
Durante o governo de Achiulfo, os godos ocuparam as terras que rodeiam o Volga e submetendo os sármatascitas e gépidas. Em 350Achiulfo foi sucedido por Hermenerico.
Hermenerico, também conhecido pelas variantes Hermanarico e Ermanrico, foi o ultimo rei dos godos unificados, às vésperas das invasões bárbaras do Império Romano. Embora os limites exatos de seu território ainda sejam obscuros, ele parece ter se estendido a partir do sul dos pântanos de Pripet, entre os rios Don e Dniester.
Sabe-se com alguma segurança apenas que os feitos militares de Hermenerico fizeram com que ele fosse temido pelos povos vizinhos, e que cometeu suicídio ao desesperar-se por não poder resistir com sucesso aos hunos, que invadiram seu território a partir de 370. Seu reino foi destruído e seu povo acabou dividindo-se em visigodos e ostrogodos. Os visigodos se mantiveram sob o rei Fritigerno e os ostrogodos com o rei Vitimiro.
Tanto os ostrogodos quanto os visigodos nitidamente se romanizaram durante o século IV pela influência do comércio com os bizantinos, e por sua participação em um pacto militar com Bizâncio para ajuda militar mútua. Eles se converteram ao arianismo durante esta época.


Línguas

O gótico é uma língua germânica arcaica com claras ligações com as línguas da Europa Central e do Norte. É a única língua germânica oriental bem registrada.
De acordo com pelo menos uma teoria, há conexões linguísticas mais próximas entre o gótico e o norueguês antigo que entre o gótico e aslínguas germânicas ocidentais. Além disso, havia duas tribos que provavelmente eram relacionadas com os godos e que permaneceram na Escandinávia, os gotlanders e os gautas. Essas tribos foram consideradas como sendo godos por Jordanes.
O fato é que virtualmente todas as características fonéticas e gramaticais que caracterizam as línguas germânicas setentrionais como um ramo separado da família de línguas germânicas (sem mencionar as características que distinguem os vários dialetos noruegueses) parecem ter se expandido em um estágio posterior àquele preservado no gótico. O gótico por sua vez, sendo uma forma extremamente arcaica do germânico em muitos aspectos, todavia desenvolveu características próprias que não são compartilhadas com outras línguas germânicas.
No entanto, isto não exclui a possibilidade dos godos, dos gutar e dos gautas serem tribos relacionadas. Similarmente, os dialetos saxões daAlemanha são mais próximos do anglo-saxão que qualquer outra língua germânica ocidental que sofreu a mudança consonantal do alto alemão (ver lei de Grimm), mas as tribos são definitivamente idênticas. Os jutos (em dinamarquês jyder) da Jutlândia (em dinamarquêsJylland), na Dinamarca Ocidental, são pelo menos etimologicamente idênticos aos jutos que partiram daquela região e invadiram a Grã-Bretanha junto com os anglos e saxões, no século V. No entanto, não há fontes escritas remanescentes que associem os jutos da Jutlândiacom qualquer outro dialeto germânico setentrional, ou os jutos da Grã-Bretanha com qualquer dialeto germânico ocidental. Dessa forma, a língua nem sempre é o melhor critério para distinção étnica ou tribal e sua continuidade.
Os gutar (gotlanders) possuíam entre suas tradições orais histórias de uma migração em massa para o sul da Europa, escritas no Gutasaga. Se os fatos estiverem relacionados, seriam um caso único de tradição oral que sobreviveu a mais de mil anos e que de fato antecede a maioria das principais divisões da família de línguas germânicas.


Origem do nome "godo" (*Gut-)

Os nomes gutar e godos são etimologicamente ditos sinônimos etnônimos. Próximo, mas não da mesma origem, é também o nome tribal escandinavo gauta. Os godos e os gutar são derivados de *Gutaniz enquanto gauta é derivado do proto-germânico *Gautoz (plural *Gautaz).*Gautoz e *Gutaniz são duas apofonias de uma palavra proto-germânica (*geutan) que significa "derramar, verter, espalhar" (sueco modernogjuta, alemão moderno giessen, gótico giutan) e que designa as tribos como "espalhadores de sementes", ou seja, "homens, povo".[15] Gauti, o mais antigo herói gótico, registrado por Jordanes, é geralmente observado como uma corruptela de Gaut.
Interessantemente, registros em norueguês antigo não distinguem os godos dos gutar e ambos são chamados Gotar em norueguês antigo ocidental. O termo em norueguês antigo oriental para godos e gutar parece ter sido Gutar (por exemplo, na Gutasaga e na inscrição rúnica da Rökstone). No entanto, os gautas são claramente distinguidos dos godos/gutar nas literaturas do norueguês antigo e do inglês antigo.
Uma segunda teoria, de menor força, liga o povo com o nome de um rio que atravessa Västergötland na Suécia, o Göta älv, que escoa do lagoVänern para a baía Kattegat. No período pré-histórico, esse rio tinha um fluxo maior que o atual. A interpretação, todavia, utiliza uma analogia de nomeação geral indo-europeia, tal como Dutch, Deutsch, man, human, etc. e era a preferida de Jordanes, que via os godos com procedentes da Escandinávia.
A raíz indo-europeia da derivação "espalhar" seria *gheu-d- como ela está catalogada no The American Heritage Dictionary of the English Language (AHD) ("Dicionário da Herança Americana da Língua Inglesa"). *gheud- é uma forma centum. O AHD apóia-se em Julius Pokornypara a mesma raíz (p. 447).
  • g a partir do *gh e um *t a partir do *d. Esta mesma lei mais ou menos rejeitou *ghedh-, raiz do inglês "good" no sentido de "goodman" ("pai de família"), como sugerem alguns. O *dh neste caso se transformaria em um *d no lugar de um *t. Quando e onde os ancestrais dos godos deram-se este nome e se eles o usaram na época do indo-europeu ou do proto-germânico permanece uma questão não resolvida de linguística histórica e arqueologia pré-histórica.
De acordo com as regras de apofonia indo-europeia, a graduação plena *gheud- pode ser substituída por *ghud- ou *ghoud-, relatando as várias formas para o nome. O uso de todas as três formas sugere que o nome derive de um estágio indo-europeu.
Um nome composto, Gut-þiuda, o "povo gótico", aparece no calendário gótico (aikklesjons fullaizos ana gutþiudai gabrannidai). Além dos godos, este jeito de nomear uma tribo é apenas encontrado na Suécia[16]
Como mencionado acima, o nome dos godos é idêntico ao dos gutar, os habitantes de Gotland, uma ilha do mar Báltico. O número de similaridades que existiam entre a língua gótica e o gútnico antigo fez o proeminente linguista sueco Elias Wessén considerar o gútnico antigo como sendo uma forma de gótico. O mais famoso exemplo é que tanto o gútnico quanto o gótico usavam a palavra lamb para carneiros jovens e adultos. Ainda, alguns reivindicam que o gútnico não é mais próximo do gótico que qualquer outra língua germânica.


Significado simbólico

A relação dos godos com a Suécia se tornou uma parte importante do nacionalismo sueco, e até o século XIX a opinião de que os suecos eram os descendentes diretos dos godos era comum. Hoje, acadêmicos suecos identificam isso como um movimento cultural chamado goticismo, o qual inclui um entusiasmo por assuntos em geral do norueguês antigo.
Na Espanha medieval e moderna, os visigodos são considerados como sendo a origem da nobreza espanhola. De alguém agindo com arrogância, seria dito que está "haciéndose los godos" ("fazendo a si mesmo descendente dos godos"). Por causa disto, no ChileArgentina eIlhas Canáriasgodo era uma ofensa étnica usada contra espanhóis europeus, que no início do período colonial se sentiam superiores às pessoas nascidas nas colônias (criollos).
Esta reivindicação espanhola de origens góticas conduziu a um confronto com a delegação sueca no Concílio de Basileia em 1434. Antes que a assembleia de cardeais e delegações pudessem iniciar as discussões teológicas, eles tinham que decidir como se sentar durante os procedimentos. As delegações das nações mais importantes estavam sentadas mais próximo do papa, e havia também disputas para quem ficaria com as melhores cadeiras e quem teria seus assentos em esteiras. Neste conflito, o bispo de VäxjöNicolaus Ragvaldi invocou que os suecos eram descendentes dos grandes godos, e que o povo de Västergötland (Westrogothia em latim) eram os visigodos e que o povo deÖstergötland (Ostrogothia em latim) eram os ostrogodos. A delegação espanhola então respondeu afirmando que apenas os godos "preguiçosos" e "sem iniciativas" haviam ficado na Suécia, enquanto que os godos "heroicos", por outro lado, tinham deixado a Suécia, invadido o Império Romano e se estabelecido na Espanha.

Visigoth Heathinu

Visigoth Heathinu